quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Escritoriando

O barulho do grampeador ritimado e certeiro marcava os segundos que não passavam. 
O relógio, que meus olhos cansados questionavam: estaria sequer funcionando? 
A chuva lá fora não era convidativa. O telefone estridente, a cadeira giratória. As pilhas de papel me encaravam por todo lado. 
Quinta-feira de tempo frio e tempo lento. 
"Não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo "

Fernando Pessoa